Mikaelli Andrade

Mikaelli Andrade
Cachoeira Brejão/Coribe-Ba
”A água é o sangue da terra. Insubstituível. Nada é mais suave e ,no entanto , nada a ela resiste. Aquele que conhece seus princípios pode agir corretamente, Tomando-a como chave e exemplo. Quando a água é pura, o coração do povo é forte. Quando a água é suficiente,o coração do povo é tranquilo.” Filósofo Chinês no século 4 A.C

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"As preocupações ambientais contemporâneas originaram-se da percepção da pressão sobre os recursos naturais causadas pelo crescimento populacional e pela disseminação do modelo da sociedade de consumo"

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Florestas Artificiais/Plantadas auxiliam na Conservação de Remanescentes Nativos

Além do papel estratégico da madeira plantada como matéria-prima para o suprimento de segmentos industriais, deve-se ressaltar a importância das florestas artificiais na conservação de remanescentes florestais nativos do país, com destaque para a Mata Atlântica, para os cerrados e para a própria floresta tropical da Amazônia. Nesse contexto, embora as plantações de eucaliptus, pinus ou outras espécies exóticas ainda sejam chamadas de "desertos verdes", pela suposta ausência de biodiversidade, esta questão parece estar já superada pelos plantios entremeados com matas nativas. O conflito de setores industriais-florestais, em particular o de papel e celulose, com o Decreto 750/93 (de proteção da Mata Atlântica) está no controle fundiário de largas áreas de terras existentes neste bioma. Parte delas - cerca de 1,5 milhão de ha - está em áreas naturais, o que envolve importante compromisso privado de proteção ambiental; outra parte está plantada ou reservada para futuras expansões, geralmente em sítios com diferentes estágios de regeneração natural.

            Expressivos avanços silviculturais e biotecnológicos, associados às florestas de espécies exóticas de rápido crescimento, foram conseguidos graças ao esforço de pesquisa florestal empreendido pelos segmentos produtivos privados verticalizados à base de matéria-prima plantada. As contribuições do IBAMA e da EMBRAPA, desde o fim dos incentivos fiscais ao reflorestamento, têm sido singelas. Impõe-se um revigoramento dos programas já existentes, com ênfase na difusão dos conhecimentos técnicos obtidos entre os pequenos e médios produtores florestais independentes.

            Apesar dos claros benefícios advindos das florestas plantadas, persiste no senso comum uma certa aversão aos plantios de eucaliptos, vistos como algo negativo. Os segmentos industriais de base florestal plantada prosperaram no regime autoritário, sem cuidar de sua inserção e de sua imagem nas realidades locais e estaduais. O segmento de papel e celulose, em particular, ciente deste fato, propõe-se a realizar ampla campanha de divulgação da importância da silvicultura brasileira e do papel social, ecológico e econômico do setor.

            Tanto no caso das florestas nativas, quanto no caso das florestas plantadas, os estudos aqui mencionados revelaram que políticas e instrumentos "não-florestais" tiveram tanta ou maior influência que políticas florestais propriamente ditas, no condicionamento da exploração e da conservação desses recursos no país.

            Há hoje entre ambientalistas, profissionais florestais e empresários do setor uma certa unanimidade acerca das alterações necessárias para promover o desenvolvimento sustentável das florestas brasileiras. Grande parte das alterações diz respeito à necessidade de integração e complementaridade que a matéria exige. Os aperfeiçoamentos requeridos se situam mais nos campos de domínio anexo do que propriamente no campo exclusivamente ambiental e florestal. Eles devem ocorrer nas áreas de tributação, das regulações econômicas, da política industrial, dos incentivos e das renúncias fiscais, dos mecanismos de capitalização, crédito e financiamentos; enfim, dependem da readequação e da consistência desses instrumentos para com os objetivos e diretrizes de políticas florestais, condição para se ajustar as forças de mercado e se criar perspectivas de avanço efetivo na gestão, no controle e na promoção do desenvolvimento florestal sustentável.


Fonte:Diretriz de Florestas




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